Filme: Inner Senses - Traumas não Superados


Inner Senses lançado em 2002, é um filme coreano de terror psicológico que fala sobre as consequências terríveis de traumas, como o próprio título diz, é sobre nossos sentimentos internos, e as consequências que eles nos traz quando não temos coragem de encará-los.
O terror de Inner Senses está no psicológico dos protagonistas, nada acontece fora, é tudo dentro, no mais íntimo da alma de Jim e Cheung. Ambos sofrem de traumas que carregam desde a adolescência, sofrendo por anos as consequências da causa que originou a dor.
Um trauma muda a vida, independente de o superarmos ou não, mas o que define as consequências que ele terá em nós é como o encaramos, se não soubermos lidar com ele, dominá-lo, aceitá-lo, superá-lo, ele tem o poder de mudar nosso ser de forma negativa, mudar nossa visão de mundo, nossa personalidade, nossas características anteriormente benéficas.
Assim ocorreu com Jim, no começo do filme ele é demonstrado como um psicólogo cético, seguro de si, confiante. Em sua primeira aparição, em uma sala de aula, ele tenta provar para seus alunos que fantasmas não existem, que tudo é uma ilusão criada em nossa mente baseada nas lendas de nossa cultura que são passadas de geração pra geração, e automaticamente associamos a esses seres alguns eventos, traumáticos ou não, que carregam um tom inexplicado, sobrenatural.
Esse é um ponto muito importante, pois a primeira impressão que temos é que Jim será o oposto do que a narrativa do filme tem como objetivo nos propor, que é o fato de Cheung ter visões de fantasmas, e na primeira consulta que ela tem com Jim parece ficar nítido essa dualidade de crença e descrença que seguirá durante o filme, onde Jim tenta mostrar para Cheung que suas visões são apenas manifestações psicológicas de seu trauma, e que nada é real fora dela, que tudo está dentro dela, que os fantasmas são internos.
(Na verdade ele está certo, aqui os fantasmas não existem como sobrenatural, mas eles são reais, verdadeiros, só que vivem dentro de nossas mentes, o filme traz uma realidade diferente de outros terrores orientais, aqui as assombrações são internas, íntimas, e não exteriores. A mente humana sob forte estresse cria suas próprias realidades).
Mas não só a personalidade de Jim muda, como também o objetivo do filme.
Temos a evolução de um psicólogo cético e seguro, para um psicólogo totalmente sem controle de si próprio e temeroso as visões que ele próprio vivência diariamente, (na verdade uma evolução ilusória, pois desde a adolescência Jim convive com essa fragilidade dentro de si, gerada pela culpa, e sua postura confiante e segura é apenas uma fachada, uma armadura de ilusão criada para tentar provar para as pessoas que está tudo bem consigo, que ele está no controle).

Todo trauma não superado nos transforma negativamente de alguma forma, com a forte culpa que Jim passou a carregar após o suicídio de Siu-yu, sua namorada do ensino médio, e para tentar lidar com essa dor, tentar racionalizá-la e controlá-la, ele buscou na psicologia uma esperança de vencer seu sofrimento, seu trauma lhe fez se tornar psicólogo, suas feridas lhe fizeram seguir carreira na psicologia, e que apesar de ter se profissionalizado e se dedicado em ajudar seus pacientes, seu principal objetivo desde o começo é se auto ajudar, se auto consultar, se auto entender.
Todos os aconselhamentos que Jim passa para seus pacientes na verdade são aconselhamentos para si mesmo, cada consulta sua é destinada a dois pacientes ao mesmo tempo, a pessoa que ele está tratando e a si próprio.
Sua aula no começo do filme tentando provar a seus alunos que fantasmas não existem, no fundo isso não é para provar algo a seus alunos, e sim provar a si mesmo, ele deseja acreditar que nada de suas visões são reais, que tudo o que ele vê são ilusões, que aquilo não é real, a aula que ele está dando é para si mesmo.
E muitas vezes isso acontece em nossa própria vida, tentamos acreditar em algo, ou negar uma realidade, mesmo sabendo que no fundo estamos errados, ou que aquilo que dissemos acreditar é apenas uma tentativa de provar a si mesmo que algo é ou não verdadeiro, e assim passamos anos em uma ilusão apenas porque queremos acreditar, e tentamos fazer disso uma verdade, e tentamos provar para as pessoas sobre o que acreditamos, não porque realmente acreditamos, mas porque queremos acreditar, e desejamos que outros também acreditem em algo que nós mesmos não cremos.
É assim a vida de Jim, uma ilusão, e ele sabe que é uma ilusão, apenas não tem coragem para lidar com a realidade.
Em muitos casos o trauma gera culpa, mesmo a gente sendo vítima, nos colocamos como culpados, e nos punindo dessa forma, o sofrimento apenas aumenta em nós, em razão dessa culpa, que se originou após o suicídio de sua ex-namorada, que se matou por não aceitar a separação, em razão desse trágico acontecimento, Jim escolheu não se relacionar com nenhuma outra garota, não apenas pela culpa de ter gerado a morte da menina, mas também por acreditar que estaria traindo a garota, não traindo no sentido amoroso, e sim traindo a sua própria culpa, imaginando que se relacionando com outra pessoa estaria negando a culpa dentro de si, estaria afirmando pra si mesmo que não foi culpado, estaria fugindo de uma punição que ele acredita que merece ter, estaria tirando o peso de si, e apesar de Jim querer se livrar dessa dor, ao mesmo tempo ele se sente escravo dessa culpa, era algo que o punia, e estar se sentindo punido lhe trazia uma sádica sensação de prazer, no sentido que ele merecia ser punido, que ele precisava carregar essa culpa como um fardo por não poder trazer a vida de Siu-yu de volta.

Isso se assemelha a um livro que li que conta um pequeno relato de um psicólogo sobre a consulta que teve com uma mulher chamada Kirsten, em que sabotava sua própria carreira de sucesso devido a uma experiência ruim que teve com sua mãe alcoólatra na infância.
Ela não se sentia orgulhosa de suas realizações, e ficava sempre insegura. E tentava compensar esse sentimento de insegurança com o sucesso empresarial e riqueza material.
Procurava parecer boa externamente porque acreditava que era má por dentro. Estava nas garras da autocondenação.
Ela achava que sentia ódio de si mesma por causa do modo como se sentia em relação à mãe. Acontece que não era a si mesma que ela odiava e sim a mãe. Ela se sentia culpada pelos fracassos da mãe. Enquanto condenou-se por causa da sua infância miserável, Kirsten teve a certeza de não merecer ter sucesso na vida.
Quando se condenava, era como se o fracasso na vida fosse inevitável. Acreditou que nunca teria sucesso, e ponto final. Quando tomou a consciência de que "nunca terei sucesso" não era um fato real, mas apenas uma crença criada por sua experiência de vida.

Era assim que Jim se sentia, culpava sua vida e se negava a viver um relacionamento amoroso com outra pessoa pelo fato de se culpar pelo que aconteceu em sua adolescência. E também Cheung se culpava e se auto condenava por um sentimento traumático que viveu com seus pais.
Assim Jim nega a sua própria vida pra alimentar uma culpa.
Quando Cheung chega no consultório de Jim, ela ao contrário dele não nega suas visões, não cria uma armadura psicológica na tentativa de negar sua dor, ela demonstra sua fragilidade e sabe que isso está prejudicando sua vida, ao ponto de sua irmã a tê-la convencido para ser tratada por Jim.
Apesar de reconhecer seu medo e trauma, ela não quer que a vejam como problemática, doente, fragilizada, mas ao mesmo tempo não consegue esconder suas inseguranças.
Ao contrário de Jim, que não quer ser exposto pelo seu trauma, Cheung não consegue esconder seu medo interior, apesar de também não querer ser vista como problemática, ela demonstra estar mais aberta a possibilidade de tratamento, deseja ser ouvida, por mais que ela tente rejeitar isso de primeiro momento, ela só precisa de alguém que a ouça e não a veja como alguém doente.
Jim começa a dizer para Cheung que suas visões não são reais, que são fabricações de sua mente.
Nesse ponto do filme ficamos com a impressão que o filme será focado nessa dualidade de crenças, um cético tentando convencer uma mente perturbada que o que ela presencia não é real.
Mas para além da visão que a cena nos passa, no fundo temos na realidade duas pessoas perturbadas, uma que sabe que seu sofrimento é real, que suas visões são reais, enquanto a outra que tenta se esconder atrás de sua formação como psicólogo tentando convencer não apenas Cheung que tudo não passa de uma fantasia, mas também convencer a si mesmo que nada daquilo poderia ser real.
Cheung sofreu pela separação de seus pais, esse acontecimento traumático lhe gerou consequências em sua vida, a partir disso não conseguiu ter uma vida normal, ela projetou sua própria vida no exemplo de seus pais, imaginando que qualquer relacionamento que poderia ter terminaria da mesma forma que a relação de seus pais terminaram.
Trouxe para si esse medo, essa insegurança lhe fez se tornar uma pessoa ansiosa, ciumenta, insegura, e em razão disso todos os relacionamentos que ela teve terminaram de forma ruim, todas as experiências que teve não foram boas, deixaram marcas, a cada término de um relacionamento mais ela enchia seu coração de insegurança, imaginando que seu destino seria esse, igual a de seus pais, que nunca conseguiria ter uma relação longínqua como desejaria, e isso a fez se distanciar de qualquer possibilidade de um relacionamento duradouro, preferindo ficar só do que sofrer sabendo que tudo acabaria um dia, e colocando em si a culpa dessas relações conturbadas que teve, imaginando quase que uma maldição que teria que suportar por toda a vida por ter herdado esse cruel destino de seus pais.
Em razão disso ela nunca os perdoou, Cheung enxergava seus pais como os culpados por tê-la transformado dessa forma, os culpados por seus relacionamentos não darem certo, então além da culpa que carrega de si mesma, transferindo cada separação como uma responsabilidade sua, ela ao mesmo tempo culpa seus pais por ter herdado isso a ela.
Tudo o que Jim e Cheung precisavam eram aceitar seu passado, entender que nada do que aconteceu foi culpa deles, ter coragem pra encarar esse momento e racionalizá-lo da melhor forma, compreender e superar.

Assim que Jim começa a tratar de Cheung, ela aos poucos começa a melhorar, suas visões já não mais a afetam, ela começa a se sentir viva novamente, ter esperança, mas por enquanto, mesmo com a melhora que teve nas primeiras semanas sendo tratada por Jim, isso era apenas uma melhora ilusória, era uma melhora baseada não na superação de seu trauma, e sim uma transferência de foco de sua mente, a sua atenção já não era mais a sua dor, seus medos, agora o seu foco foi transferido para Jim, ela via nele uma segurança, se sentia bem ao seu lado, tinha certeza que estaria segura, que ele a ajudaria e não precisaria mais ter medo de seus problemas, pois ele estaria por perto para fazê-la esquecer de seu passado.
Mas no fundo Cheung não estava se recuperando, apenas estava se esquecendo de seu trauma e se agarrando na segurança que Jim lhe passava, da mesma forma que acontece no filme Reine sobre Mim, em que Charlie sofre pelo trauma de ter perdido sua família em um acidente, e a partir desse acontecimento traumático, Charlie passa sua vida tentando eliminar toda lembrança daquele dia, negando tudo, negando seu passado, sua família, a culpa que sentia pelo acidente, ele se afastou de seus amigos e parentes justamente para não ter que recordar de seu passado, para não correr o risco de alguém lembrar de sua mulher e filhas.
Até que conhece Alan um antigo amigo de faculdade, Charlie começa a gostar de sua presença, justamente porque Alan não demonstra saber nada sobre o seu passado. Dessa forma Alan consegue por um momento trazer um pouco de alegria para Charlie. Mas era só uma alegria ilusória, uma "melhora" passageira, da mesma forma que Cheung, uma tentativa de esquecer o acontecimento e não de superá-lo.
Até que Alan começa a tentar ajudá-lo a confrontar seu trauma de frente, e superá-lo, e Charlie não aceita, começa a piorar seus sintomas de depressão, pois não tem coragem de relembrar tudo que passou, precisa bloquear essas lembranças.
Enquanto Cheung está com Jim, e ele não lhe faz perguntas pessoais, não fala sobre a fonte de seu trauma, ela o vê como uma válvula de escape, um possível relacionamento que a fara esquecer de seu trauma.

"Ele sofre e se martiriza (pessoa apegada a emoções e desejos efêmeros da carne), procura se anestesiar com tudo o que poderia desviar o seu pensamento, mas algum dia ele terá que encarar a realidade." M.C. pág. 54.

"O homem-ego, apegado e escravo das emoções e prazeres do mundo precisa anestesiar sua consciência  e consegue isso por algum tempo, mas a angústia invariavelmente retorna. Eles optam por uma série de atividades e de comprimidos (analgésicos, ansiolíticos, antidepressivos), e se cercam de profissionais para aliviar os seus conflitos emocionais." M.C. pág. 56.

Os dois protagonistas sofrem da mesma dor, a culpa pelo passado, por um trauma não superado, e as consequências que isso gerou neles foi a mesma, ambos não conseguiram se relacionar beneficamente com ninguém após o terrível evento. Ambos preferem não dar continuidade a nenhum possível relacionamento amoroso, enquanto Jim faz isso para se livrar da culpa pelo suicídio de sua namorada na adolescência, acreditando que essa culpa é necessário para ele se punir, Cheung se vê projetada em seus pais, e carrega dentro de si a certeza que nenhum relacionamento dará certo por culpa deles, e todos terminaram em separação igual seus pais, e por essa insegurança e medo resolveu se isolar e não mais se apaixonar por ninguém.
Isso mostra o poder que um trauma tem em nossas vidas.
Mas ao contrário de Jim, Cheung ainda carrega a esperança, a vontade de poder conhecer alguém e esquecer de vez seu passado, por isso ela viu em Jim uma oportunidade para finalmente resolver seu problema, e por isso se via feliz ao lado dele, sensação de estar viva novamente, com isso suas visões desapareçam, começou a sentir paz, mas seu trauma ainda estava lá, apenas adormecido.
E quando Jim começou a perceber que Cheung estava ficando muito dependente dele, que sua recuperação estava ligado a sua presença e não realmente a uma superação real de seu trauma, ele decidiu se distancia de Cheung, pois não queria se apegar a ela, não poderia negar sua culpa, isso para ele seria matar sua antiga namorada duas vezes, não poderia ser feliz, tinha que passar a vida se culpando pelo que aconteceu.
E Cheung percebendo que Jim estava ficando distante, ela voltou a piorar, sua visões retornaram, sua culpa voltou com uma peso muito grande, se sentiu culpada novamente, lembrou de seus pais, lembrou de seu trauma, de seus outros relacionamentos que não deram certo, teve certeza que nunca conseguiria se relacionar seriamente com alguém, que sua vida estava resumida a sofrer e se punir, o ódio por seus pais cresceu, e tentou se suicidar novamente.
Jim descobre sobre os pais de Cheung, e entende a fonte de seu problema, que foi a separação deles na infância. Jim traz os pais dela até seu consultório e os apresenta para a moça.
Depois de tantos anos Cheung está diate daqueles que ela reconhece como os responsáveis por seu sofrimento, por sua insegurança nos relacionamentos, por seu medo de se apegar a alguém, de não perdoar seu passado. Naturalmente ela os rejeita de primeiro momento, desabafa, expressa sua raiva em relação a eles.
Mas após se acalmar e ter um momento de conversa com eles, aos poucos ela começa a entendê-los, a olhar para seu passado sem medo, a aceitá-los, a se esvaziar da culpa que sentia, e antes da despedida de seus pais, ela consegue os perdoar, a partir desse momento Cheung consegue superar seu trauma, consegue se perdoar e perdoar seus pais, o perdão é poderoso, a tirou do inferno que vivia, passou a entender que não precisa ter medo de viver achando que seu destinado está vinculado com a separação deles na infância, percebeu que sua história é ela própria que faz.

O peso que Cheung carregava desaparece, dessa vez ela se sente melhor, sente a verdadeira paz, sente curada, e não apenas por uma válvula de escape, por se agarrar em algo na tentativa de esquecer o passado, mas sim porque enfrentou seu trauma de frente e conseguiu superá-lo, dominá-lo.
Incrivelmente Jim, a mesma pessoa que não consegue aceitar a sua realidade, serviu como a ponte de união de Cheung com seus pais e dar a oportunidade para ela se recuperar.
Cheung não sofre mais com visões, seu psicológico está curado, sua autoestima voltou, sente que renasceu, e ao começar a conviver com Jim, percebe a realidade sobre ele, descobre que ele carrega um segredo em seu coração, percebe que Jim também sofre com visões, que ele estava escondendo isso dela, que da mesma forma que ela, Jim carrega um trauma não resolvido dentro de si, e nesse momento é a vez dela de ajudá-lo, mesmo ele não aceitando ajuda, tentando negar a si mesmo que o seu sofrimento é real, Cheung se esforça para tentar tratá-lo, assim como ele a tratou.
A moça começa a levá-lo cada vez mais perto de seu problema, a olhar cada vez mais perto para seu trauma, até que Jim chega em seu limite e se curva a sua fragilidade e culpa, e a visão de sua namorada se materializa com mais intensidade, ele sai desesperado tentando escapar de um problema que habita dentro dele, até que a assombração da garota o leva até o topo de um prédio, (sua própria mente desesperada o levando para cometer suicídio como uma forma de se livrar de uma vez por todas do sofrimento que está sentindo, é uma luta desesperada dentro dele e não fora).
Finalmente ela aparece para ele em cima do prédio.
Ela caminha até Jim e ele começa a relembrar de todo seu passado, dos momentos de convívio com Siu-yu, é uma batalha psicológica com seu passado, tentando aceitar o que aconteceu com a menina e não se culpar por isso.
Jim desabafa e pela primeira vez coloca pra fora todo o peso que havia se acumulado dentro dele durante todos esses anos, chora sentindo que está esvaziando todo o peso que carregou até então. Depois de confessar tudo o que havia acontecido, de dizer a dor que sentiu pela morte da garota, e por nunca tê-la esquecido, a menina se aproxima dele em lágrimas e toca seu rosto, um gesto de amor ao entender que Jim a amava verdadeiramente, e que viveu todos esses anos se culpando por sua morte, uma simbolização mostrando Jim está perdoando seu passando, aceitando o que aconteceu, se livrando da culpa pelo suicídio da menina como algo punitivo.
Siu-yu desaparece e Cheung surge em sua frente e o abraça. Dois personagens que sofriam da mesma dor, do mesmo sofrimento da culpa, dois personagens que por consequência de seus traumas nunca conseguiram se relacionar com alguém, que negaram suas próprias vidas durante anos, agora juntos abraçados e livres do trauma, curados do pesadelo do passado, livre das visões da culpa, um ajudando o outro até esse momento do renascimento, em que juntos recomeçaram suas vidas novamente.

 

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