Origem da Moral - Alterar a Junção-Temporoparietal Tira o Julgamento Moral?

Moral é uma questão cultural ou faz parte da natureza humana?

Moral são diretrizes estabelecidas por uma cultura, que molda o comportamento das pessoas, e vem através de uma tradição, que determina o que é certo e errado.

(Origem)
Vários filósofos propuseram a origem da moral e o desenvolvimento dela. Há quem acredite que a moral do homem tem origens biológicas, empíricas, (discernimento obtido por experiências pessoais, de nossos sentidos através da observação, pensamento defendido pelo filósofo Adam Smith), ou é inserida no momento do nascimento, (se é concebido no nascimento e se desenvolve independe da cultura, a moral tem um propósito, um objetivo, para se ter um objetivo é preciso alguém que crie seu significado, pois se ela faz parte da natureza humana e não é empírica, sua origem como essência do homem necessita de um idealizador, ou seja, algo (alguém) precisa tê-la criado).
Dentre tais divergências, em seu texto "A Marcha dos Pinguins' e a origem da moral" (Contardo Luigi Calligaris, escritor italiano), diz que a moral não surge de forma natural, como na benevolência dos animais sugerida por muitos pensadores, mas da capacidade do ser humano de se colocar no lugar do semelhante, (uma mistura de empatia com o empirismo, ou seja, nessa corrente de pensamento, a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, cria o julgamento moral), e fazer com que as experiências do outro enriqueçam as suas, (mesmo pensamento de Adam Smith).

Nesse caso, a moral (através de seu desenvolvimento empírico, por experiência e observação), é apenas uma forma de determinar o que é certo e errado para convívio em sociedade, se originando na experiência de cada um, não existe O certo e O errado, apenas interpretações pessoais delas (advinda também da empatia). Sendo assim a moral não tem significado real, pois quem a determina é seu próprio julgamento pessoal baseado em seu histórico de vida, que consequentemente é trazida para a formação de uma cultura.

(Adam Smith, filósofo, escritor de Teoria dos Sentimentos Morais)
O livro é uma análise dos princípios pelos quais os homens naturalmente julgam a conduta e o caráter, primeiro de seus próximos, depois de si mesmos. Para Adam a moral é pessoal e nasce da simpatia e empatia.
- (Simpatia) - Pessoas agradáveis, positivas, com as quais nos identificamos e admiramos.
- (Empatia) - Se colocar no lugar do outro e compreender seus sentimentos, na tentativa de encontrar uma solução para ela ou para se auto avaliar, compreender seu comportamento caso estivesse na mesma situação dela.

(David Hume)
"David Hume observou a moral de forma empírica, (baseado em experiências).
Demonstrou que a moral está intimamente ligada à paixão e não à razão, (ligado a sentimentos, e sentimentos são relativos, derivando uma moral pessoal e não objetiva).
Diferentemente do que supunham seus precedentes, não haveria um bem superior pelo qual a humanidade se pautasse. (A moral de cada um se desenvolve influenciada pela cultura, para David Hume não existe significado para a moral, ela é feita de sentimentos, nesse caso não existe o certo e o errado, o bom e o mau, apenas pontos de vistas diferentes, ou seja, matar não é mau, pois o mau não existe como objetivo real, apenas como experiências pessoais de cada um. Sem um criador, "alguém fora da humanidade que determina o que de fato é mau e bom", e para dizer o que é certo e errado, a moral se torna apenas uma visão interpretativa).
Para Hume, o impulso básico para as ações humanas consiste em obter prazer e impedir a dor, (moral baseada em sentimentos). No que consiste a moral, o filósofo defende que a experiência (empírica) promove o entendimento humano, (para ele, nosso entendimento do que é certo e errado está baseado em experiências pessoais, se tornando relativas e livres para mudanças).

(Immanuel Kant)
"Diferentemente do que afirmava Hume, Kant defendia a razão como base da moral. Partindo do princípio de identidade, o comportamento humano está relacionado com a identificação no outro, ou seja, a ação das pessoas influencia no comportamento do indivíduo, tornando-se dessa forma o comportamento uma lei universal."
(Nesse caso a moral permanece relativa, pois o outro é quem molda nosso comportamento).

(Moral no mundo selvagem)
"O primatologista holandês Frans de Waal defende em seu livro Eu Primata, que a conduta política e o altruísmo são constatados nos primatas e têm, portanto, uma raiz biológica comum. Em outro livro seu, Primates and Philosophers, Waal defende que a propriedade da moral, que antes se acreditava exclusiva do ser humano, também se apresenta em outros primatas. Ele acredita que a moral do homem não surgiu do nada ou que seja produto de religião ou cultura. Ela teria, segundo o autor, origem semelhante à dos primatas, pois são encontrados neles a capacidade de empatia, a reciprocidade e o senso de justiça."

Se a moral é formada conforme a experiência pessoal, interpretativa, mudando conforme a cultura e educação, ela não é um fato, mas sim uma conduta para permitir e satisfazer nossos sentimentos.
A moral só ganhará realidade se ela tiver um significado, e se tiver um significado é preciso alguém para lhe dar significado, todo efeito tem uma causa. Pois se a moral é apenas um desenvolvimento sociocultural, não existe O certo e O errado, apenas certezas e erros interpretativos, cosmovisão de cada um, dessa forma com que autoridade julgarei os atos de Hitler, sendo que para ele seu agir era o correto. Com que autoridade julgarei a escravidão?
Porque matar é errado, porque desrespeitar alguém é errado?
Se dissermos que algo é errado pelo desenvolvimento natural do homem, ou seja, se dói é errado, se satisfaz é bom, a moral como algo objetivo não existe.
É apenas porque dói e dor não é bom? Então não estamos fazendo o "bem" porque existe o bem, apenas porque não dói, mas se para outro a dor é prazerosa, não temos autoridade para jugá-lo.

Se a moral é apenas minha razão, evolutiva cultural, dizendo o que é errado, baseado em minhas experiências e sentimentos, a conclusão que chegamos é que na verdade não é errado, pois não existe errado, apenas minha visão de erro, dessa forma para outra pessoa a escravidão é normal e necessária, se não existe um eixo que dite A verdade como absoluta, são apenas visões diferentes, e ambos estão certos em seu agir.

(Bhagavad Gita)
Inocência, renúncia, satisfação, modéstia, bondade, glória, o que quer que seja próprio da creatura e lhe dá conteúdo, tudo isso vem de mim, (Brahman, o absoluto, Deus). Gita, 101:5

Se de fato existe o bem e o mau, temos que ter algo para medir, para comparar, e esse algo precisar estar fora da humanidade, pois se estiver dentro da humanidade é apenas uma concepção cultural, e culturas se diferem entre si. E uma evolução biológica para a moral não determina sua essência, ou seja, seu objetivo real, apenas coloca a moal como algo natural para a sobrevivência humana, um modo da evolução organizar melhor nossa espécie.
Todas as características que temos, é a expressão de quem nos criou, reflete o criador.
Partindo do conceito da ética, os valores éticos são princípios que não se limitam apenas às normas, costumes e tradições culturais de uma sociedade (valores morais), mas também procuram se focar nas características compreendidas como essenciais para o melhor modo de viver ou agir em sociedade de modo geral. 


(O Efeito Magnético sobre a Mente)
Estudos mostram que o julgamento moral de uma pessoa pode ser afetado com um campo magnético aplicado em uma determinada área do cérebro.

Estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences foi colocado um campo magnético não-invasivo (que não causará grandes problemas), chamado estimulação magnética transcraniana (ou TMS), aplicado no couro cabeludo para produzir uma corrente em uma área do cérebro conhecida como junção temporoparietal "ou TPJ", (área que tem como função pegar informações de fora, a nossa volta, e interpretá-la), e pediram aos voluntários da pesquisa que lessem uma série de situações relativas a questões morais. Estudos mostraram que o TPJ, uma área do cérebro situada acima e atrás do ouvido direito, é normalmente ativado quando pensamos no resultado futuro de uma ação específica (a conclusão de uma ação), sendo uma importante região para a tomada de decisões morais, já que é através dela que julgaremos se uma ação será boa ou ruim.

Dois experimentos foram conduzidos. No primeiro, pediu-se aos participantes que preenchessem um questionário no qual tinham de julgar as ações dos personagens baseados em suas intenções após a junção temporoparietal dos voluntários ter sido exposta à estimulação elétrica por 25 minutos.
No segundo, pediu-se que fizessem seus julgamentos enquanto submetidos a impulsos muito curtos (0,5 segundos) de interferência magnética.

Uma das situações lida pelos voluntários, era sobre um homem que deixava a namorada atravessar sozinha uma ponte que ele considerava perigosa. Mas, ao atravessar a ponte, nada aconteceu com a mulher.

Em outra questão, uma mulher, chamada Grace, serve bebida para uma amiga após colocar um pó branco de uma lata com a inscrição "tóxico". Grace não sabia, mas a lata continha açúcar inofensivo. Depois de exposta a situação, os cientistas pediam aos voluntários que avaliassem, numa escala de um ("absolutamente proibido") a sete ("absolutamente permitido"), o quanto as ações de Grace e dos outros personagens das situações expostas eram moralmente aceitáveis.

As pessoas do grupo de controle (as que não tiveram muita estimulação elétrica, apenas 0,5 segundos expostos ao tratamento) conseguiam julgar perfeitamente a moralidade e a nocividade dos personagens e suas ações. Enquanto que aqueles expostos ao campo magnético tendiam a considerar moralmente aceitáveis as tentativas frustradas de causar mal a outra pessoa. Ou seja, julgavam mais o resultado e não a intenção.

- "Você pensa na moralidade como sendo um comportamento de nível muito alto. Ser capaz de aplicar (um campo magnético) em uma região específica do cérebro e mudar o juízo moral das pessoas é realmente surpreendente". (Liane Young, autora do artigo)

A pesquisa fornecerá elementos para entendermos como funciona nossa habilidade de inferir a intenção dos outros, habilidade essa conhecida como "teoria da mente". Assim, sabemos que um homicídio doloso (com intenção de matar) é considerado mais grave do que um crime culposo (sem intenção de matar) mostrando na prática o quanto a intenção "pesa" nos julgamentos.

Percebemos que apesar da interferência magnética, o que foi modificado é o discernimento da intenção, mas não a escolha do bom e do ruim, foi perdido a capacidade de interpretar a ação, mas não de julgar o errado e o certo. O estudo mostra que a compreensão do bem e do mau é algo que faz parte de nossa natureza, e não algo adquirido através da observação do comportamento humano ou de uma evolução biológica. Pois mesmo a área do cérebro que interpreta uma ação sendo alterada, a escolho do certo e errado ainda permanece.

- Estimulação Magnética Transcraniana: (Saúde da Mente). Funciona através de uma imã, como se fosse um imã, uma bobina, que gera um campo magnético em volta do cérebro, e essas ondas magnéticas atravessam a superfície de nosso crânio, e elas ativam ou regulam a área específica do cérebro que se quer atingir. Esse procedimento leva a uma nova formação de redes nos neurônios, causando melhora na memória, concentração.

(Psicologia). O metódo também é usado para tratamento de depressão, o equipamento dispara corrente elétrica controlada para ativar a região do cérebro relacionada a depressão. O aparelho manda estímulos eletromagnéticos para a região esquerda do cérebro, que é mais associada a emoções positivas como alegria, prazer, quando essa região fica estimulada, o outro lado do cérebro diminui sua atividade, afastando sentimentos como medo, solidão.

Abaixo um artigo traduzido de Liane Young, um resumo que fiz sobre a influência da estimulação magnética nos julgamentos morais

A interrupção da junção-temporoparietal correta com a estimulação magnética transcraniana reduz o papel das crenças nos julgamentos morais - Liane Young

Quando julgamos uma ação moralmente certa ou errada, confiamos em nossa capacidade de inferir os estados mentais do ator (por exemplo, crenças, intenções). Aqui, testamos a hipótese de que a junção-temporoparietal correta (RTPJ), uma área envolvida no raciocínio do estado mental, é necessária (influência) para fazer julgamentos morais.

Em dois experimentos, usamos a estimulação magnética transcraniana (TMS) para interromper a atividade neural na RTPJ transitoriamente antes do julgamento moral (experimento 1, estimulação offline) e durante o julgamento moral (experimento 2, estimulação online).

Nos dois experimentos, o TMS para a RTPJ levou os participantes a confiar menos nos estados mentais do ator. (Apesar de perderam a capacidade de interpretar a ação, o significado do que é bom permaneceu)

Um efeito particularmente marcante ocorreu por tentativas de danos (por exemplo, atores que pretendiam, mas não causaram danos): em relação ao TMS em um local de controle, o TMS ao RTPJ fez com que os participantes julgassem os danos como menos proibidos e permitidos moralmente. Assim, interferir com a atividade na RTPJ interrompe a capacidade de usar estados mentais no julgamento moral, especialmente no caso de tentativas de danos.

De acordo com um princípio básico do direito penal, "o ato não torna a pessoa culpada, a menos que a mente também seja culpada". Como a doutrina jurídica, o julgamento moral maduro depende da capacidade de raciocinar sobre estados mentais. Por outro lado, o fracasso das crianças pequenas em raciocinar de maneira completa e flexível sobre os estados mentais e, em particular, em integrar informações do estado mental para julgamento moral, leva-as a se concentrarem nas consequências da ação.

O presente estudo utilizou estimulação magnética transcraniana repetitiva offline (experimento 1) e online (experimento 2) para testar a hipótese de que a função neural normal na RTPJ permite que os participantes representem as crenças de um protagonista para julgamentos morais. Nossa hipótese é que a interrupção da função RTPJ deve reduzir a influência dessas crenças nos julgamentos morais. Para localizar o RTPJ em cada participante, primeiro realizamos um exame de ressonância magnética, usando um localizador funcional para regiões cerebrais implicadas na atribuição do estado mental. Em uma sessão subsequente, apresentamos aos participantes cenários morais nos quais o protagonista age com uma crença negativa (por exemplo, que ele causará danos a outra pessoa) ou uma crença neutra e o protagonista causa um resultado negativo (por exemplo, dano a outra pessoa) ou um resultado neutro. Comparamos os julgamentos morais de cada participante após o TMS com o RTPJ e o TMS com uma região cerebral de controle no córtex parietal direito.

O experimento 1 utilizou um paradigma offline do EMT no qual os participantes receberam o EMS (ondas) a 1 Hz por 25 minutos e depois leram e responderam a uma série de cenários morais. O experimento 2 forneceu uma replicação e extensão do experimento 1 em um grupo diferente de participantes. Especificamente, para minimizar a possibilidade de o efeito do TMS offline se espalhar, ao longo do tempo, para regiões além da RTPJ, o experimento 2 usou um paradigma on-line no qual os participantes receberam rajadas curtas de TMS a 10 Hz por 500 ms, cujo início foi concomitante com o julgamento moral de cada cenário.

Previmos que, em ambos os experimentos, o TMS para o RTPJ reduziria o papel das crenças e, como resultado direto, aumentaria o papel dos resultados nos julgamentos morais dos participantes em relação a (A) julgamentos feitos pelos mesmos participantes após o TMS ao controle região e (B) julgamentos feitos por outros participantes que não receberam nenhum TMS.

A confirmação dessa previsão forneceria evidências claras do papel causal da RTPJ na atribuição de crenças e do papel essencial da atribuição de crenças no julgamento moral.

A interrupção temporária da atividade da RTPJ com TMS repetitivo offline e online reduziu a influência das crenças nos julgamentos morais. O julgamento moral normal geralmente representa uma resposta a uma constelação de características, incluindo não apenas as crenças do agente, mas também os desejos do agente, a magnitude das conseqüências, o registro prévio do agente, os meios utilizados pelos o agente para causar o dano, as restrições externas ao agente (por exemplo, coerção, autodefesa) e assim por diante.

- O tratamento TMS não interfere no resultado da ação, ou seja, não muda a capacidade de reconhecer um ato imoral, e sim de analisar e julgar a intenção da pessoa antes do resultado.

Nas experiências atuais, manipulamos dois desses fatores, a crença do agente e o resultado da ação, e descobrimos que o efeito do TMS no RTPJ era específico à crença do agente.

O TMS não atrapalhou a capacidade dos participantes de fazer qualquer julgamento moral. Pelo contrário, julgamentos morais de danos intencionais não foram afetados pelo TMS ao RTPJ ou ao local de controle; presumivelmente, no entanto, as pessoas geralmente fazem julgamentos morais de danos intencionais, considerando não apenas o resultado prejudicial da ação, mas também as intenções e crenças do agente.

Com base nessa visão, quando as informações relativas à crença do agente estão indisponíveis ou degradadas, o julgamento moral resultante simplesmente reflete uma ponderação mais alta de outros fatores moralmente relevantes (por exemplo, resultado).

Como alternativa, após o TMS ao RTPJ, os julgamentos morais podem ser feitos por uma rota de processamento anormal que não leva em consideração a crença. Em ambos os casos, quando as informações de crenças estão degradadas ou indisponíveis, os julgamentos morais são deslocados para outros fatores moralmente relevantes (por exemplo, resultado). Para danos intencionais e não danos, no entanto, o resultado sugere o mesmo julgamento moral que a intenção. Assim, sugerimos que o TMS para o RTPJ interrompeu o processamento de crenças negativas para danos intencionais e tentativas de dano, mas o projeto atual nos permitiu detectar esse efeito apenas no caso de tentativas de dano, nas quais os resultados neutros não permitiam duros julgamentos morais por conta própria.

Portanto, nossa hipótese é que o TMS para a RTPJ afeta uma entrada para o julgamento moral (isto é, informações de crenças), mas não o processo de julgamento moral em si. Uma hipótese alternativa pode ser que o TMS para a RTPJ prejudique a capacidade dos participantes de fazer julgamentos morais per se, especialmente quando os participantes devem considerar vários fatores concorrentes.

O TMS para a RTPJ reduziu significativamente, mas não eliminou o papel das crenças no julgamento moral. Os participantes continuaram a julgar danos acidentais (crença neutra, resultado negativo) como mais permitidos do que danos intencionais (crença negativa, resultado negativo) e tentativas de dano (crença negativa, resultado neutro) como mais proibidos do que os não-danos (crença neutra, resultado neutro) e até danos acidentais. Esse padrão reflete o papel persistente das crenças em seus julgamentos. TMS diminui ou prejudica o desempenho da tarefa, mas não bloqueia completamente o desempenho da tarefa cognitiva.

-Junção temporoparietal direita (RTPJ): A junção temporoparietal correta (rTPJ) está envolvida no processamento de informações em termos da capacidade de um indivíduo prestar atenção. Evidências de estudos de neuroimagem e de lesões revelaram que o rTPJ desempenha um papel central na análise de sinais de ações autoproduzidas, bem como de sinais do ambiente externo. Por exemplo, um indivíduo com lesões em sua rTPJ provavelmente apresentaria uma sensação de semi-negligência, em que não seria mais capaz de prestar atenção a qualquer coisa que observasse à esquerda. Portanto, se alguém tiver uma lesão em sua rTPJ, com o tempo a consciência dos membros esquerdos pode desaparecer sem tratamento. Os sinais visuais fornecem as informações sensoriais necessárias para o cérebro processar o reconhecimento espacial do mundo. Quando a visão é limitada, o conhecimento da existência começa a desaparecer, pois, no que diz respeito ao cérebro, o objeto não existe. Além disso, o rTPJ desempenha um papel na maneira como os indivíduos observam e processam as informações, impactando a interação social. Empatia e simpatia exigem que um indivíduo distinga simultaneamente entre diferentes perspectivas possíveis na mesma situação. Os estudos de imagem mostram que essa capacidade depende da interação coordenada do rTPJ para identificar e processar as pistas sociais apresentadas a ele. Esse processo rápido permite que um indivíduo reaja rapidamente às situações.


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